Thrash Metal puro e cheio de vida. Se é isso que anda procurando por aí e ainda não encontrou, sugiro que dê uma conferida em "Unnatural Display of Art", o quarto full length dos gaúchos do Distraught. Veteraníssimos na cena brasileira, já há praticamente duas décadas na estrada, mostram que sabem muito bem o que fazem, porque fazem, e como fazer o que fazem. Aos poucos a audição do disco irá te ajudar a elucidar a razão de estarem a tanto tempo em atividade. Tão logo perceberá que não se trata de uma banda qualquer. Do início ao fim ao álbum, praticamente não encontrará suavizações ou interlúdios à massacrante correnteza de riffs endiabrados, e portanto, simplesmente impossíveis de não serem notados. A presença das guitarras é tamanha, que, no bom sentido, se colocam em um plano mais imediato de percepção. Desse modo, a cooperação entre Marcos Machado e Ricardo Silveira não merece qualificações que não sejam positivas. Os dois integrantes formaram uma base concreta que possibilitou ao baixista Nelson Casagrande e ao baterista Éverson Krentz incorporarem ainda mais peso e dinâmica às músicas. As vocalizações de André Meyer são ainda mais engrandecedoras nesse sentido, pois este soube se situar muito bem, fazendo suas aparições apenas nos momentos mais oportunos, com a devida entonação e com um bom senso rítmico. Ou seja, não saiu simplesmente "vomitando" as letras à torto e à direita. Mas estes não são todos os pontos fortes deste álbum. A impecabilidade técnica na gravação, mixagem e masterização do disco, e a acertada ordem do tracklist, conferindo lógica à sequência do álbum, foram nada menos do que cruciais na garantia do ótimo trabalho em "Unnatural Display of Art". Um disco que cumpriu a sua proposta de criação (pequeno detalhe negligenciado hoje em dia!): apresentar a propagação da violência humana e suas facetas, de uma forma agressiva e impactante.Nota: 8/10
Selo: Voice Music
Data de lançamento: ??/05/2009
Website: www.myspace.com/bandadistraught
Tracklist:
01. The End of Times
02. Reflection of Clarity
03. Cradle Violence
04. Hellucinations
05. Evil Portrait
06. Killing In Silence
07. Burial of Bones
08. Your God is Dead
09. Conquering Domain
10. Haunting The Enemy
11. Villains
12. Alchemy




Um dos grandes expoentes do Prog Metal brasileiro, o Mindflow apresenta seu novo álbum "Destructive Device". Trata-se do terceiro full length da banda, cuja produção discográfica é completada por "Just the two of us... Me and Them" de 2004, e "Mind Over Body" de 2006. Apesar da carreira um tanto quanto recente, o grupo já vem colhendo respeitável retorno do público, inclusive no exterior. Apresentações bem-sucedidas no continente europeu, na América do Norte e Ásia, além de atestarem a excelência dos músicos expandem a boa base de admiradores conterrâneos. "Destructive Device" é, portanto, a continuação desse trabalho bem feito. Impecável em sua totalidade, e claramente concebido por meio de um projeto meticuloso, o novo disco da banda mostra resultados impressionantes. O perfeccionismo instrumental e vocálico é latente. Os créditos podem ir tanto para Rodrigo Hidalgo (guitarra); Ricardo Winandy (baixo); Rafael Pensado (bateria); Miguel Espada (teclado) e para o frontman Danilo Herbert, quanto para os produtores americanos Ben Grosse (produziu, gravou e mixou o disco) e Ted Jensen (a cargo da masterização). Arquitetado para ser extremamente coeso, o conceito que fundamenta o álbum estabelece várias ligações. Desde a arte gráfica, elaborada como um relatório do serviço secreto que investiga suspeitos de atividade "terrorista", que se conecta à temática lírica (essencialmente focada nos dilemas da humanidade), até a embalagem do próprio que se relaciona aos materiais multimídia disponibilizados pela banda na Internet. Músicas como "Breakthrough"; "Under An Alias"; "Destructive Device", entre outras, satisfarão os anseios dos admiradores de metal progressivo refinado. Álbum altamente recomendável, portanto.

